domingo, 15 de agosto de 2010

Ponto, ponto, ponto.

Estava deitado no telhado, olhando o céu, as estrelas, quando um papel caiu nas minhas mãos. Olhei bem, um papel diferente, textura, cores, sei lá, nem um pouco comum pra mim.
Virei ele e havia algo escrito, caracteres desconhecidos, não consegui entender nada. Até que meu cérebro começou a transformar aquela escrita no bom português legível, foi transformando letra por letra, tudo, e quando isso foi acontecendo o papel foi se modificando, tornando-se mais 'terrestre'. Achei estranho, mas no fim já estava de olhos espantados pela figura que surgia no papel. Um ser, não sei dizer o que era, estranho mesmo, agarrou em duas letras e saiu de dentro da letra 'O', uma espécie de portal, surreal, inacreditável tudo aquilo. Quando ele saiu, mexeu as mãos de uma forma e todas as letras começaram a se soltar do papel e subir em direção ao cosmo.
O pequenino firmou seus olhos no meu e começou a falar, não falar de forma a mexer os lábios, mas falar com a mente e eu o entendia perfeitamente.
Nunca havia tido contato com pessoas de outras dimensões, e estava 'alucinado' com todos aqueles efeitos e tudo aquilo. Foi nesse momento que resolvi mostrar minha hospitalidade 'terrestre' e pedi a ele um abraço. Ele apenas veio em minha direção e quando me abraçou uma forte energia tomou conta do lugar, uma luz, uma sensação de amor e proteção, não sei dizer ao certo como foi a experiência, sei dizer que após alguns segundos (que pra mim pareceram horas e horas) o brilho da luz aumentou e ele começou a desintegrar e como magia, ele se desfez e no seu lugar, milhares de pequenas sementes iluminadas, parecidas com vagalumes, voavam em direção a terra, como se estivessem vindo semear algo, algo muito bom ao meu ver.
Adormeci.
Acordei no telhado, a neve começava a esfriar e deixar a ponta do meu nariz gelado. Lembrei de tudo o que havia acontecido na noite passada e resolvi olhar pro jardim pra ver se algo hava mudado. Me levantei, desci do telhado, e fui atravessando a casa pra chegar no jardim.
Foi quando vi a letra 'O', cercada de flores e pássaros, e dentro dela, uma imensidão escura onde conseguia ver estrelas, dragões, elfos e algumas outras criaturas que nunca havia visto, caminhando por uma estrada, indo em direção ao desconhecido.
Corri, peguei minha iguana, e fui em direção ao novo.
Entrei...

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