sábado, 14 de janeiro de 2012

Erre mais, não é isso?



Boas energias pra você!
Bom tudo ae ;D

Abraçoos

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um outro mundo,


Foi o suspiro que o trouxe a vida. Um retorno para uma nova dimensão. Ele havia despertado de um sono diferente. Vivia caminhando pela Terra, como uma pessoa normal, a não ser um fato, ele não sentia.  Nem dor, nem frio, fome, amor, compaixão, raiva. Era um humano ímpar, impossibilitado de se aquecer nas noites frias ou desfrutar da brisa quando estava calor.
Deitava toda noite e ficava olhando as estrelas, pensando no que faria no dia seguinte, no próximo e no próximo. Numa noite dessas, em que a Lua brilhava radiante e as estrelas dançavam livres no céu, o menino resolveu sair da rotina e tentar algo que o fizesse mudar, que o fizesse sentir...
Arrumou um guarda chuva, subiu na árvore qe havia no seu quintal, ficou atento esperando a próxima brisa. Saltou. Naquele pequeno movimento, seu coração disparou, bombardeando todo o seu corpo com uma estranha, feliz. O sorriso brotou imenso no rosto do menino e ele agora voava com seu guarda chuva com a brisa mansa que também fazia as folhas dançarem.
Ele havia escolhido viver intensamente o agora, amar intensamente, ser feliz e não permitir que coisas tristes ocupassem sua cabeça.
O menino azul encontrou o seu mundo, tinha um novo legado. Seu coração batia, seu amor era intenso, ele tinha frio e calor. Ele vivia...
Não importa em que mundo você vive. O que importa são as coisas que você faz para torná-lo melhor e cheio de coisas boas e amor. Por isso, não deixe de sentir. Tenha sempre um bom sorriso estampado no rosto e esteja preparado, novas estrelas e novos planetas estão esperando por seus sentimentos...
Ame. Está na hora...

Obrigado.
Obrigado mesmo.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Janeiro

Já repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como quem já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem...Tudo sim, tudo mesmo! Porque, embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa extraodinária sensação de alívio, como só se poderiam sentir as almas desencarnadas. Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente, no último dia do ano passado deparei com um despacho da Associeted Press em que, depois de anunciado como se comemoraria nos diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte:

"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".

Ótimo! O meu ímpeto, modesto mais sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as autoridades, um recorte do referido despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...
Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado.
Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.
 Mário Quintana