domingo, 23 de maio de 2010

Giramundo

Analisar, calcular, construir, desconstruir, reverter, inverter, alterar, colidir, permanecer, ser, estar, sumir.
São só meus olhos que estão mais limpos, sem sujeiras. Talvez ainda tenha (sempre fica) alguma poeira, algum resto, mas eles continuam firmes olhando atentos ao horizonte, inventando rotas, rotinas, cores, descolorindo, descontraindo.
E das coisas simples, do velho violão encostado ali na parede ou da minha gaita que sempre fica na gaveta, volto a trazer som para voltar a colorir, pois só onde há música, há cor, há vida, seguida, indefinida, definida, simples, leve, distinta.
Aos sóis que voltaram a raiar, as luas que voltaram a mistificar, as estrelas e as nuvens, um brinde. Um brinde também ao velho banco que passei a tarde refletindo.

1 comentários:

Rodolpho Padovani disse...

Ah, cara, muito cheia de vida esse texto seu, cheio de cenários e música... muito bom.

Abraços...

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