XV dias.
Hoje faz 15 dias que mudei de casa, que as[i da zona de
conforto e criei corasgem pra recomeçar e começar finalmente a andar com minhas
pernas e construir minha vida, com novas aventuras, aprendizados e muitas
coisas para amadurecer e melhorar-me.
Hoje foi o primeiro dia em que tive coragem pra pegar pra
escrever sobre o que está acontecendo, sobre essa nova onda de sensação.
Já foi embora a segunda feira e estou aqui ainda a escrever,
a pensar e refletir.
Um suspiro longo, sem pausas.
Mudar não é algo fácil, cada um sabe da sua dificuldade e
dos desafios de arriscar para novas jornadas, sejam elas amorosas, sociais,
profissionais, espirituais, e por aí vai.
Mudar não é apenas de fora pra fora, mudar é mais complexo
que isso, é uma transformação que vem de dentro, lá do interior da alma, da
nossa vontade de chacoalhar o corpo e atirar-nos a novos mares, a novas
experiências.
Mudar é experimentar o sabor novo e contemplar a
grandiosidade dessa conquista.
Ok, tudo parece lindo e perfeito. Tudo é, na verdade. Ainda
mais quando você é tipo o João, que não sabia cozinhar, não sabia lavar roupa ou
fazer compras no supermercado. Essa independência é muito legal e confusa, é
divertida.
João tem o costume de dar uma volta cedo na praça pra olhar
as árvores, pra sentir o nascer do novo dia, de estar alí e contemplar a
cidade, agradecer a mudança.
Mas João ainda sente falta de algumas coisas, como amigos,
por exemplo.
Talvez ele esteja sendo
impaciente, afinal, são apenas quinze dias.
E agora João vai dormir, sonhando
com o novo dia que está por vir, nas novas pessoas que ele está prestes a
conhecer.
Eis que surge um novo dia.
E lembre-se, nunca se esqueça,
mude. Sorria. Contemple.
A memória que age é melhor que do
que a memória que apenas pensou e não realizou. Arrisque-se.
15 dias.
Gratidão.
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