domingo, 27 de junho de 2010

Bumi

Fiz o que devia, sai lá no quintal, acendi uma vela, deitei debaixo da minha árvore e fiquei lá. Foi quando uma lembrança, diferente de todas as outras que estou revivendo voltou, uma lembrança humana, que me fez arrepiar. Ela estava diante dos meus olhos, tão real, com seu perfume que nunca vou me esquecer.
Sentou-se ao meu lado e começou a cantar a cantiga de ninar que cantava quando eu era pequeno. Adormeci. Algum tempo depois escutei um barulho de água, levantei e fui ver. Passei por um portal de madeira e vi o forte brilho dos dois Sóis, abaixo, um mar, tão lindo, tão puro e cristalino e eu, dentro de um navio, com alguns tripulantes me olhando curiosos.
Apontaram para mim e epois indicaram um ilha a leste, para onde devíamos estar indo.
Foi quando uma trombeta soou e todos começaram a procurar uma corda para se segurar, o navio estava subindo em direção ao céu.
Estranho, divertido, não sabia avaliar e ainda não sei dizer a sensação, mas ele partia a uma velocidade incrivel.
Resolvi escalar o mastro para sentir os Sóis mais de perto e sentir estar livre, voando.
Estava lá no topo quando uma nuvem passou oa meu lado soltando bolas de sabão. Fiquei encantado, incrivel aquilo, olhei para a terra e foi quando eu prestei atenção no gigante pé de feijão que crescia até atingir a ponta dos meus dedos.
Descobri que hoje um novo mundo surgiu, não muito distante daqui, talvez uns cinco ou sete centímetros atrás dos seus olhos.
E minha despedida, regada de jaboticabas e balanços, vai ser simples:
Me despeço deste pequeno grande mundo, desta perfeição e surrealidade, agradeço pela oportunidade e pelas pessoas e mais uma vez, obrigados por ter me feito um sonhador, pois o que é um ser pensante sem sonhos?

E que a Lua, os Sóis e as estrelas brilhem sempre nas suas mentes,

Bava'ko jes.

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