terça-feira, 20 de setembro de 2011

VentoeSol


E o menino que desceu a ponte com os olhos baixos, cheios de um líquido salgado que em seu mundo não se conhecia. Resolveu dar um sorriso pro  mundo, resolveu sorrir para não se desesperar (mais). Assim que sorriu, o Sol deu sinal, saiu timidamente detrás das nuvens e deixou que alguns de seus raios iluminassem o rosto do jovem pequeno.
Agora que o rosto dele refletia o brilho do Sol, ele via o quanto era importante ali e por isso não poderia ir embora.
Com os olhos iluminados ficou mais fácil ele se comunicar com os outros. Conseguiu finalmente deixar rolar o líquido que por aqui chamávamos de lágrimas e só assim, pode desabafar suas incertezas com o mar.
Ah, o mar; Lembro quando via o menino sentado horas e horas com os pés na areia, observando as ondas, sentindo a brisa que lhe confortava com abraços e depois se levantava e corria, pegava conchas, sorria sozinho.
Ainda que ele esteja lá, por aqui e ali, sabemos que ao se entregar na imensidão, o menino estava disposto a voltar a lutar, correr riscos, poder sorrir novamente e festejar quando as folhas da sua arvore caíssem sobre ele cantarolando no seu ouvido.
Menino azul, por onde você anda?
- Ando com o vento – Respondeu o menino.

0 comentários:

Postar um comentário