quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um pouco mais,

Um papel em branco dobrado sobre a mesa eu deixei. Nele poderia ter confessado assassinatos, amores, declarações, me despedido, poderia ter feito uma infinidade de coisas com aquele pedaço de folha onde poderia ter deixado brotar sonhos e revelado segredos de viagens e poemas, rabiscos simples de quem saiu pela porta, deixou a janela aberta e fechou os olhos, alcançando o topo da sua consciência, deixando fluir pensamentos, energias, deixando-se libertar de tudo o que o aprisionava.
Poderia ter feito uma dobradura, um avião, poderia ter embarcado nele e ido embora janela a fora.
Conto o tempo, fico lá observando os ponteiros da saudade, cada minuto, cada ‘tic tac’ faz parecer meu coração acelerar, levando-me a olhar pela janela e ficar te procurando por entre as nuvens.
E agora deixo que minha mente cante as músicas que tenho sonhado, deixo que meus pensamentos se transportem para seu abraço.
E aquele papel branco que deixei sobre a mesa ficou lá, guardando lembranças, sons, vozes e boas risadas. Nele deixo rastros, cheiros, lágrimas, guardo tudo e todos. Porque sei que um dia vou poder voltar a procurar o papel amarelado com o tempo e abri-lo, vou poder passar tardes revelando o quão bom foi ter vivido tudo isso e bom, sei lá, vamos viver o agora né.
Vamos lá ver o céu :D
Ótima noite, boas energias, =D

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