terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Navio

Sentei na varanda do meu apartamento e fiquei observando aquele grande navio que navegava e flutuava entre os prédios.
 "Acho que estou ficando louco" - Pensei.
Então fechei os olhos e os abri de novo, eu estava sentado na mesma cadeira, mas as dunas de areia que me cercavam eram muito altas.
"Estou delirando" - Refleti.
E antes que o mágico anunciasse seu último e grande truque, cerrei meus olhos e tudo escureceu. Quando os abri, estava na clareira de uma floresta, onde fadas elfos, druídas, gnomos e animais dançavam ao som do vento.
"Ah como é belo tudo isso" - Suspirei.
De repente o belo canto das ninfas foi me deixando em transe até que fechei os olhos, foi quando me senti enxarcado, e quando abri meus olhos, estava segurando em um pedaço de tábua, boiando em algum lugar do oceano.
Dei alguns gritos, mas nada adiantou, pois eu estava no meio do nada, cercado por agua.
Então do alto dos céus desceu uma nuvem gigantesca e junto dela, o navio dos ventos. Turbilhões de água e vento se formaram e me arremessaram para dentro do velho navio.
A partir desse dia caros mortais, resolvi não mais piscar meus velhos olhos, que por muitos lugares me levaram. Decidi ficar junto do Navio dos Ventos e guiá-lo por todos os cantos do mundo.
"Mesmo cego, ainda posso contemplar toda a beleza deste mundo por onde eu passo, Estou livre!" - comentei com minha iguana.

1 comentários:

Unknown disse...

Lgal carinha!
poesia pura!
tenho uns amigos que estão começando um trabalho parecido!
se quiser conhecer ou trocar figurinhas

http://vidaprosopopetica.blogspot.com

gostei muito do teu texto!

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