segunda-feira, 9 de maio de 2011

Novo dia.

Vagalumes pousaram na janela do meu quarto essa noite, avisando que logo mais seria dia.

Fui pra cozinha, olhei no relógio, quatro horas da manhã. Preparei um chá, vesti uma camiseta e fui lá pra varanda. Sentei na cadeira de balanço, a minha velha e boa companheira para os momentos de pensar na vida, nas circunstancias.
Os vagalumes eram muitos, estrelas que se moviam para todos os cantos. A Lua estava lá, cheia, brilhante, maior do que em todas as madrugadas que me levantei para ir lá fora.
O reflexo da Lua na água tranqüila do mar fez com que meus pensamentos tristes fossem levados embora, fez uma calmaria tomar conta de mim e por um breve momento, dei um suspiro, aliviado.
Retornei a casa de praia há alguns meses, procurei ficar sozinho um tempo, me afastei das coisas, das pessoas. Aproveitei pra cuidar da casa, que não recebia visitas há um ano, organizar as coisas, refletir, descansar. Meu refúgio, meu cantinho. Lugar para onde venho sempre que acontece algo que não me deixa bem ou quando preciso descansar do mundo mesmo.
Vez ou outra uma brisa gelada que vinha do mar balançava as folhas da grande paineira, que deixava flutuar no ar algumas flores, que deslizavam vagarosamente pelo ar, até pousarem no gramado macio que cobria o jardim da frente.
Assim como as ondas, devemos ir e voltar, sempre, lembrando do que nos foi dado, das oportunidades que tivemos e que vamos ter. Devíamos ter aproveitado mais aquilo que perdemos ou então agradecer pelo que passamos e pelo que aprendemos. Ali, onde os vagalumes pontilhavam a escuridão e cada pingo de luz que eram como flashes de memória que vão e vem a todo momento, faziam com que eu me transportasse para esse mundo de lembranças, de recordações, imaginando e pensando como seria se isso ou aquilo lá tivessem acontecido, se as coisas mudassem de rumo e todas as possibilidades possíveis que eu podia ou tentava ver.
E lá, onde o vento tem cheiro de coisa boa, onde cada coisa tem uma energia boa e nos renova, eu passava dias e dias caminhando, andando a beira mar, montando livros e mais livros de memórias, arquivando pensamentos, construindo novos e mentalizando, bons fluídos para quando eu voltar de novo a Terra poder ajudar quem precisa, conhecer pessoas que precisem de boas energias e levar bons conselhos e novos sonhos a elas. Enfrentar os problemas, que vez ou outra resolvem fazer visita e crescer, amadurecer, aprender, ensinar, conviver, ser humano.
Voltei a abrir os olhos e dei conta que os vagalumes já haviam ido embora e o céu já não estava mais escuro, alguns raios de Sol ousavam quebrar a escuridão pra anunciar a chegada de mais um novo dia.

Eis que surge, e hoje, já é um novo dia. Aproveite-o.
Boa semana a todos, boas energias, Obrigado.

Abraçoos

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