terça-feira, 10 de maio de 2011

Nessa planeta,

Era uma vez um menininho e uma menininha, viviam distantes, em diferentes mundos. E eu, viajante de galáxias tive e tenho a honra de contar essa história.
Até onde sei e vi, um belo dia o menininho resolveu pegar sua nave e viajar, explorar novos horizontes. Foi aí que entrou no mundo dela. Ele, cheio de qualidades e defeitos, resolveu pousar a nave ali e explorar o lugar. Perto do canteiro de flores, havia uma menininha. Ela, com os olhos atentos e com um brilho diferente, parecia estar fixada olhando por céu, procurando desenhos em nuvens, que no seu planeta pareciam totalmente diferentes das nuvens que eu já vi. Ele caminhou até ela, resolveu timidamente sentar-se ao seu lado e dar as mãos a Ela.
O Sol brilhou, algo mágico estava acontecendo e o mundo dela começou a se transformar, a unir-se ao dele; E o que selou os dois mundos foi um belo sorriso que ambos deram ao se entreolharem.
Fui embora ao ver que tudo estava bem, visitar novos mundos, tentar encontrar novamente uma união como essas. Mas infelizmente, essa foi à única que tive oportunidade de presenciar nesse vasto Universo.
Anos se passaram e por coincidência, numa bela semana, passei em frente ao mundo Deles, que parecia não estar mais tão belo como da primeira vez. Algo estava acontecendo. Ele estava perdido nos pensamentos, confuso com os sentimentos e Ela, triste e doente por saber e não conseguir entender o que estava acontecendo.
Acontece que o Menininho, não sabia que existem diferentes formas de gostar de alguém, e a menininha, estava em falta com o seu amor próprio. Bom, até onde sei, cada um sabe gostar, demonstrar amor de uma forma, e mesmo assim, sem o amor próprio, sem nossa auto felicidade, não conseguimos construir algo.
Pois bem, dias se passaram e lá estavam os dois, distantes, ausentes, tristes, preocupados com o que estava por vir. A minha preocupação do lado de fora da redoma deles aumentava a cada dia, pois o menininho, meio que hiperativo, poderia ser precipitado em decidir algo que não traria bem algum a eles e ela, poderia se perder totalmente no que uma reação negativa traria.
Passei dois dias apenas observando-os. Torcendo pra que nada de triste acontecesse.
Era uma sexta feira e por curiosidade, aniversário da menininha. Ele já estava na sua casa, Ela na dela, mas o mundo ainda estava unido. Ele foi até a casa dela, em silencio, tentando evitar a conversa que tinha o abalado durante toda a semana. Ela abriu as portas, meio tremula, com o sorriso triste, os olhos baixos. Foram até o quarto e fecharam a porta. A partir daí, eu não consegui ouvir o que conversavam, apenas alguns pensamentos que desciam como cometas pra dentro do quarto. Bom, Ela chorou, disse coisas sobre o amor, vida, sobre tudo. Ele teve um choque ao ouvir tudo aquilo e esse mesmo choque foi o que levou ao grande cometa descer sobre a casa. ‘Se ela me ama assim, mesmo eu, cheio de qualidades e defeitos, e está desse jeito, por que estou tão abalado?’. Luzes e faíscas começaram a iluminar a cabeça e o coração do menino, pensamentos e mais pensamentos. Eu olhava pela janela, curioso com tanta luz e tanta energia que estava se acumulando no interior do quarto, como um átomo, conservando energia e se preparando pra explodir.
E bom, alguns não acreditariam nessa história, pois sempre disseram a mesma coisa, ambos deram os mesmos sermões pros dois, os mesmos conselhos, mas sabemos de uma coisa. Só e só eles são capazes de enxergar ou esperar o tapa ser dado na cara pra poder perceber o que está acontecendo e boom, tomarem a decisão correta.
Ele pediu desculpas por tudo, segurou na mão dela e deram um abraço. Ele, sorridente e irradiando amarelo, Ela, com os olhos cheios de brilho e alegria, irradiando verde. Uniram-se num azul perfeito. Numa luz que rompeu a janela e fez com que o novo planeta, brilhasse intensamente.
E aí, eu, nômade dos mundos, fiz uma grande descoberta. Descobri como nasce uma estrela. E lá, à noite, quando olhar pro céu, saberá que cada pontinho luminoso chamado aqui de estrela é na verdade a união de dois planetas e o brilho, bom, o brilho são os sorrisos, os olhares, os abraços, a energia e o amor disso tudo. E quem sabe, um dia, não tenham a mesma sorte que eu tive de ver renascer um planeta, de ver e sentir essa energia boa que se espalha quando o novo abraço e dado.
Continuarei a caminhar e desvendar novos mistérios. No mais, muito obrigado, de coração mesmo, pelo sorriso que estou estampando agora e a qualquer momento que me lembro de como é bom ver desenhos nas nuvens.

Obrigado mesmo.
Boas energias, a todos!

Abraçooos :D

1 comentários:

Unknown disse...

Oww, já te falei que vc não existe, JoWw .. só poode ser um projeto da minha imaginação fértil... Para!

"...Foram até o quarto e fecharam a porta. A partir daí, eu não consegui ouvir o que conversavam, apenas alguns pensamentos que desciam como cometas pra dentro do quarto..." *__*

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