quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Bolina

Tenho refletido algum tempo já sobre isso, sobre mudanças, escolhas.

Meus pais possuem um grupo de amigos que não sou muito fã. Beleza. Parei de sair com eles e como um adulto mesquinho, comecei a julgá-los. Acontece que na tarde deste domingo, me veio uma luz, uma forte inclinação e um novo pensar: Meus pais estão felizes assim, não cabe a mim mudá-los. cabe a mim aceitar que estão bem e seguir.

A partir daí comecei a pensar "Eles mudaram ou eu mudei?".
De fato, ambos mudamos, ambos fizemos escolhas e adaptações.

Sobre as mudanças que optamos (nem sempre de bom grado) em fazer, hoje, em uma conversa com um grande amigo, que tem passado por dias nublados após o término de um longo relacionamento, comecei a refletir sobre isso.
Já parou pra pensar no quanto (quali e quantitativamente falando) mudamos quando estamos com alguém? Os sentimentos, forma de ver/olhar o mundo, apreciar coisas novas, etc. E aí essa pessoa acaba por sair de nossas vidas e seguir o seu caminho e ficamos sem chão, nos questionando e nos culpando sobre "o que fiz de errado?".

Estar com alguém é sim bom, ter alguém pra pensar e ficar sorrindo bobo, ter uma companhia pros momentos bons e ruins, pra abraçar, rir e chorar. Tudo isso é maravilhoso, desde que seja mútuo. Desde que seja verdadeiro, que crie laços, que seja/esteja. Mas e quando isso acaba?

Saber confortar e equilibrar mente/coração é um trabalho árduo. Requer tempo, coragem, uma força que nem sabemos de onde surge. Nesse meio tempo, as coisas se tornam duras, pesadas, somos derrubados por uma enxurrada de lembranças. É duro ter que olhar nossa foto na parede e saber que aquilo se foi, que não é mais. Dói ter que lembrar dos abraços, dos beijos, sorrisos e risadas, de todos os momentos juntos.

Mas é preciso respirar fundo, fechar os olhos e dar um passo a frente. É preciso focar os pensamentos em algo maior, pensando numa mudança que caminha para o bem, para uma transformação, trazendo novas experiências, aprendizados, novas chances de sorrir, de chorar e suspirar.

É preciso secar as lágrimas, sorrir e acreditar que tudo vai ficar bem e que vai dar certo, por mais que doa e por mais despedaçado que você esteja, é preciso ser forte.

Não se desgaste pelo que passou. Tenha amor próprio e saiba valorizar-se. Se a pessoa não te quis assim, não é você (nem ela) que tem que mudar para agradar alguém. A única pessoa a quem você deve mudar pra agradar é você mesmo.

Valorize-se.
Mude.
Ame-se.

Nem sempre as coisas são como queremos, mas vale a pena tentar viver e tirar proveito do agora. Porquê o que foi, foi e o que será depende única e exclusivamente das nossas escolhas hoje, aqui e agora.

Boa noite!
Muito obrigado pela ajuda.
Muita luz e muitas coisas boas aí!
Abraços azuis.

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