terça-feira, 15 de outubro de 2013

Postagem

Há muito tempo atrás, o Sol brilhava radiante. Era uma terra distante, florida e verde.
Quando tudo foi imaginado uma forte luz infiltrou e lentamente a visão foi clareando. Novos tempos.
Há quem vive de passados. Há quem faz planos e juras, promessas. Há sorrisos intermináveis, brilho nos olhos e muita esperança.
Hoje vejo o quão pouco aproveitei dos bons momentos e só lembro de poucas coisas, os sorrisos, olhares, os abraços. Lembro de cada sentimento e isso me deixa feliz e triste, pois me arrependo de não ter feito coisas que havia planejado e por ser tímido demais não fiz. Coisas que se tivessem acontecido teria regado grandes transformações e sentimentos.
Era uma floresta tranquila, havia no centro da clareira uma pequena cabana e na porta estava um anão ferreiro. Os pássaros cantavam e havia algumas cabras pastando. O velho anão me convidou para entrar.
Quando passei para o lado de dentro, um arrepio bom me passou pelo corpo. Lá dentro havia pendurado no teto vários cristais, de formas e cores variadas. Ele foi me explicando a função de cada um e pediu para que eu escolhesse algum para tocar.
Quando toquei um cristal laranja pendurado na beira da janela, fui tomado por uma paz, uma luz de felicidade, onde todas as minhas lembranças boas retornavam a tona, trazendo cada sensação vivida novamente.
Estou feliz, confuso. Estranho.
Há um tempo, como disse certa vez Fernando Andrade, que é preciso abandonar as roupas usadas e recomeçar. Perdoar e ser perdoado, iluminar e receber luz. Amar, distribuir amor. Sentir, ser  paciente, saber tolerar.
Eis que o anão percebeu todo o acontecido e me levou para um cômodo. Lá, uma lareira e uma cadeira me esperavam. Um período de reflexão, saudades, um período em que o amor é maior que tudo só que o medo é tão grande quanto.

Há saudade nisso tudo. Liberdade.
Novos dias estão a caminho.
Espera que o Sol já vem.

Paz, amor, luz, =)
Abraços azuis.

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